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Um caminho difícil para a recuperação
A África Subsariana está a enfrentar uma crise sanitária e económica sem precedentes
que, em apenas alguns meses, comprometeu anos de árduos ganhos de
desenvolvimento e abalou as vidas e os meios de subsistência de milhões de pessoas.
As perspetivas atuais para 2020–21 permanecem, na generalidade, inalteradas face à
atualização de junho, com a contração projetada da atividade em 3,0%, em 2020, o que
continua a constituir os piores resultados alguma vez registados. Para 2021, o
crescimento regional deverá recuperar ligeiramente para 3,1%. Estas perspetivas estão
sujeitas à revisão em sentido descendente de alguns dos principais riscos, em
particular no que se refere à trajetória da pandemia da COVID-19 e à resiliência dos
sistemas de saúde da região. Estes riscos são agravados pela incerteza da
disponibilidade de financiamento externo; estima-se que as necessidades associadas
somem cerca de USD 900 mil milhões em 2020–23, e as respetivas fontes, ainda por
identificar, entre USD 130 mil milhões e USD 410 mil milhões. No geral, as perspetivas
da região serão moldadas pela disponibilidade de financiamento adicional e pelas
reformas internas transformadoras para promover a resiliência (incluindo a mobilização
de receitas, a digitalização e o fomento de uma melhor transparência e governação),
aumentar o crescimento no médio prazo, criar oportunidades para uma vaga de novos
candidatos a emprego e realizar progressos no sentido dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS).